Compositor: Gloria Varona
E rodeiam-me
Amigas altas, baixas, guapas e feias
Resistentes mas desarmadas, boas e más
E algum que outro dia só cansadas.
A toda prova
Velhas como a esfinge e novas, novas
Gostam de ser tão altas como a lua; mas também
Se voltar pequeñitas como aceitunas.
Que transformam o eterno em quotidiano
Que convivem sem medo com a morte
Que lutam corpo a corpo com a sorte até conseguir
Que coma docemente de suas mãos.
E rodeiam-me
Amigas ai, ai, amigas
Doce esperança da sede
Amantes sempre vivas
Dourado manancial de espigas
E rodeiam-me
Amigas ai, ai, amigas
Deusas de água e do mel
Valentes fugitivas do edén.
Choras sem raiva
Envelhecem fazendo-se mais sábias
Sabem pegar a vida pelos cornos, mas também
Correr para não se ver no inferno
Com seu ternura
Fundem o coração da amargura
E como todos, querem que as queiram mais, que bem sabem
Ter a solidão de colega.
Que transformam o eterno em quotidiano
Que convivem sem medo com a morte
Que lutam corpo a corpo com a sorte até conseguir
Que coma docemente de suas mãos.
E rodeiam-me
Amigas ai, ai, amigas
Doce esperança da sede
Amantes sempre vivas
Dourado manancial de espigas
E rodeiam-me
Amigas ai, ai, amigas
Deusas do água e do mel
Valentes fugitivas do edén.
Amigas ai, ai,amigas.